Escritor Miguel Borges nas escolas de Barcelos

Eu sou o Miguel Borges e nasci às 15 horas e 30 minutos do magnífico dia 26 de Janeiro de 1973, na cidade costeira de Le Havre, Normandie, França.

Regressei a Portugal, à pequena aldeia de Pinheiro Velho, Vinhais, com poucos meses de idade. Aí cresci até aos 12 anos. Foram anos idílicos e que ficaram para sempre na minha memória. Aqueles em que a vida era apenas para ser vivida e não pensada. Transformei-me, assim, num guardador de tesouros. Não daqueles com diamantes, ouro e rubis, mas momentos-tesouro: recordações, amizades, brincadeiras, sorrisos, lugares… E aprendi que é preciso tão pouco para se ser feliz. A imaginação era o nosso brinquedo. Enquanto a luz do dia o permitia corríamos nas ruas da aldeia com a tampa de uma lata de tinta nas mãos a fazer de volante do rápido “General Lee”, o carro dos irmãos “Duke”, havia pedras mágicas que se transformavam em fabulosas naves espaciais mais ágeis que as da “Galáctica” ou aventuras que só fingindo ser o “MacGyver” poderiam ter um bom final.

Na pequena aldeia não havia electricidade, logo, não havia televisão, nem frigorífico, nem nenhum electrodoméstico. Os livros eram e continuam a ser o melhor presente que podia receber. Os primeiros, de que tenho memória, foram “O rapaz da selva” e “Tom Saywer”.

O gosto pela leitura e pela literatura infantil foi crescendo comigo, assim como a minha biblioteca. E as histórias… As histórias nas noites frias de inverno, à volta da lareira, iluminadas pela trémula luz da candeia que desenhava seres monstruosos nos recantos mais escuros da casa, contadas pelos originais contadores, eram uma delícia a acompanhar as torradas antes de ir dormir.

Quis ser astronauta, futebolista e piloto de aviões. Adoro o pão quente, a sair do forno de lenha, com manteiga, não gosto muito de chocolate e adoro o cheiro dos livros… Por tudo isso quis ser sempre criança. Mas o monstro do tempo obrigou-me a ser adulto. Então, fechei os olhos, cerrei os punhos e desejei com muita força vencê-lo. E dentro de mim senti um formigueiro, uma energia mágica e, como eu sei que tu sabes guardar segredos, vou contar-te um: por dentro fiquei para sempre criança! Shiuuu……… é segredo! Se olhares bem dentro dos meus olhos vês a criança que se esconde em mim. Assim, com astúcia, preguei uma partida ao tempo, e torneime professor do 1.º ciclo para trabalhar com crianças e comecei a escrever histórias para crianças.

Recebi com surpresa a proposta para editar “Uma história cheia de cor”. E como fiquei contente! É imensa a alegria do primeiro livro!

Como a amizade é o maior tesouro que existe, um amigo convidou-me para participar no filme “Pecado fatal” de 2014. Os filmes são histórias contadas de outra forma, mas que também nos fazem sonhar. O bichinho das histórias está sempre em mim e cresce, cresce…. E no meu mundo, onde também vivem ogres, fantasmas, esqueletos, monstros, bruxas, fadas, príncipes, duendes e animais que falam, as histórias estão sempre a surgir.

Queres ouvir uma?

     

Vou apresentar os meus livros no dia 9 de março na EB/JI Carreira – 9H30 | EB/JI Chavão e JI Chorente – 11H00 | EB Oliveira – 14H00

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